mardi 3 décembre 2013

Um (breve) desabafo

Oi!

Faz um pouco mais de três meses que cheguei. E, vou falar, de vez em quando, bate uma saudade. Bate uma saudade de ir num restaurante e entender o cardapio inteirinho. Uma saudade de entrar em casa e ficar la deitada no sofa. Uma saudade do cheiro, do barulho, da cor de São Paulo (Não por serem melhores, porque acredito que não são, mas por ser "casa"). E, claro, obviamente, saudade das pessoas que ficam.
Mas, e é por causa desse "mas" que resolvi escrever, ainda bem que tem o novo. Novos cheiros, novos barulhos, novas cores, e, claro, obviamente, novas pessoas. 
Bom, tudo isso passa pela minha cabeça so umas duzentas vezes por dia. "Nossa, que saudade, quero voltar!", ou " Nossa, que experiência incrivel, é pouco tempo!". Uma amiga muito querida me mandou esse texto, que traduz um pouco essa mistura de sentimentos tão antagônicos (ai, que palavra chique!)... E é muito dificil não se identificar.
Eu achava que o pior medo que eu sentiria seria aquele antes de vir. Mas a verdade é que esse medo so tem aumentado. Não, muda. Esse medo so tem se transformado. Alguns receios acabam se confirmando (contatos diarios viram likes no facebook e coraçõezinhos no instagram, tem horas que ninguém entende nada do que você esta falando, você perde o nascimento do seu priminho). Alguns, você percebe que eram bobagem (as pessoas queridas continuam sendo queridas, é possivel viver sem microondas, vai ter alguém pra te ajudar). E, no fim, surgem outros (e se o dinheiro não der, e se eu não passar em nada, como vai ser quando isso tudo acabar).
Bom. Essa, com certeza, foi a maior mudança que ja fiz na minha vida. Mas tenho quase certeza que esta longe de ser a maior que farei. Aqui, conheci muita gente diferente de mim, e muita gente parecida. Fui obrigada a aprender a me virar sozinha, e acabei descobrindo que não sou muito boa nisso, não. Estou aprendendo. Todo dia.
E tem dias que são mais faceis, e dias mais dificeis,e é uma grande confusão. 
Ganhei toda essa liberdade, de uma hora pra outra, e a verdade é que o sr. José Carlos e a dona Mariko nunca falaram tanto comigo por telefone pra me darem a opinião. (Apesar de eles sempre acharem que ligo pouco, aiaiai). 
Conheci pessoas queridissimas, cada uma do seu jeito, que transformam esse lugar numa nova casa.
Estou morrendo de saudades de tanta gente, ainda bem que existem facebook, e whatsapp, e snapchat, e viber, e telefone, e internet, e pombo correio pra disfarçarem essa saudade, deixar com cara de "oi, como foi seu dia, tudo bem, até amanhã".
Deu vontade de comer coxinha, a gente foi la e fez coxinha. Deu vontade de ouvir sertanejo, a gente foi la e ouviu pela internet. Deu vontade de dar um abraço nas pessoas que estão longe, pois é, continua dando.
Ainda falta um tempão pra isso acabar. Mas ja esta acabando. E essa é a graça.

Um beijo no coração.
Meu mural da saudade e do amor

PS/Spoiler: Tenho dois posts suuuper legais começados sobre as minhas duas ultimas viagens e, espero, logo menos serão publicados;)